Abag: venda se assentos individuais por empresas de táxi aéreo cria novo mercado

Na última sexta-feira (7) a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou empresas de táxi aéreo, que oferecem transporte não regular, a vender assentos individuais para passageiros. As novas regras, publicadas no Diário Oficial da União, têm efeito imediato e valem para o transporte de pessoas e cargas por dois anos.

“A medida beneficia o país nesse momento de pandemia, pois permite maior conectividade para os passageiros. Mas vemos também que abre a possibilidade de um novo nicho de mercado para as empresas de táxi aéreo”, afirma Flavio Pires, Diretor Geral da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag)

Para ele, a entidade entendeu desde o começo que a medida iria impulsionar o mercado, criando uma nova possibilidade de receita para os voos que voltam vazios e que agora podem ser comercializados, e também para rotas não servidas pelas companhias aéreas, que agora poderão ser atendidas pelas empresas de táxi aéreo em até 15 frequências semanais e com aeronaves de até 19 assentos. “É bom para o mercado aeronáutico e excelente para as desenvolver novos usuários dessa modalidade de transporte”, ressalta Pires.

A criação das novas regras foi originada por uma demanda da ABAG, que em parceria com a Confederação Nacional de Transporte (CNT) e o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (SNETA) criou o Movimento Conectividade Aérea pelo Brasil, para restaurar parte da capacidade de transporte aéreo público do país perdida durante a pandemia. O resultado prático disto foi o lançamento de um aplicativo de celular e plataforma web que possibilita hoje o fretamento de aeronaves no modelo convencional e que também irá viabilizar a comercialização de assentos em aeronaves de táxi aéreo pela nova regulamentação. Isto significa mais possibilidades de negócios para as empresas e mais oferta de voos para os passageiros.

Atualmente, existem 122 empresas certificadas para prestar o serviço de táxi aéreo no Brasil. Ao todo, o país tem 5.570 municípios, mas a malha aérea da aviação comercial cobria pouco mais de 140 destinos antes da pandemia. Hoje além de uma redução drástica nas frequências apenas 80 localidades são atendidas.

Fonte: Mercado & Eventos

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